Modelagem Hidráulica-Hidrológica ajuda a prever riscos de desastres em Petrópolis-RJ
Os desastres naturais de origem hidrológicas, como deslizamento de terras e inundações na região Serrana do Rio de Janeiro, em especial em Petrópolis -RJ, vêm afetando enormemente a cidade, gerando variados prejuízos econômicos, sociais e ambientais, somando centenas de vidas perdidas, o que justifica a necessidade de desenvolvimento de projetos inovadores que subsidiem o enfrentamento desse problema. Portanto, o conhecimento do comportamento hidrológico e das características fisiográficas de bacias hidrográficas é um caminho adequado para o auxílio aos processos de decisão que envolvem os impactos das Mudanças Climáticas. Nesse sentido, a modelagem hidráulica-hidrológica se apresenta como uma ferramenta eficaz para geração de manchas de inundações em uma bacia hidrográfica, permitido ao gestor público estabelecer um limite físico, onde este poderá focar nas ações de prevenção, de adaptação ou de mitigação nas regiões vulneráveis identificadas pela modelagem, se antecipando aos riscos socioambientais previstos pelas simulações. Nesse sentido, o objetivo deste projeto de pesquisa será realizar um estudo hidrometeorológico da bacia hidrográfica do rio Quitandinha, situado na região central de Petrópolis-RJ, a partir da série histórica de monitoramento e campanhas de monitoramento hidrométrico desta bacia, assim como mapear as áreas de inundação para as chuvas com os tempos de retornos de 2, 5, 15, 25, 50 e 100 anos. Para tal, serão utilizados os softwares de modelagem hidráulico-hidrológico HEC-HMS e HEC-RAS, pois são softwares livres, de domínio público, constantemente aperfeiçoados e desenvolvidos pelo Centro Hidrológico de Engenharia dos Estados Unidos. Espera-se que, de posse destes produtos, os órgãos públicos competentes possam selecionar as estratégias adequadas de prevenção, adaptação e mitigação de riscos socioambientais causados pelas inundações, possibilitando que a cidade se torne mais resiliente quando da ocorrência destes eventos climáticos extremos, contribuindo também, concomitantemente, as políticas nacionais de mitigação e adaptação das cidades aos desastres naturais.